Exigências Técnicas, Deveres Morais e Responsabilidade Pessoal e Social
O exercício da docência não se limita à transmissão de conteúdos. Envolve um compromisso ético com o desenvolvimento integral dos alunos, a promoção da verdade, o cultivo da justiça e a formação de cidadãos conscientes. Ser um bom professor, portanto, exige mais do que conhecimento técnico: requer integridade, constância, paciência, domínio emocional e respeito profundo pela dignidade do aluno.
O professor atua em uma posição de influência formadora. Sua conduta pode edificar ou destruir. Pode estimular a busca pela verdade ou perpetuar injustiças silenciosas. Pode abrir caminhos ou fechar portas para o crescimento humano e espiritual de seus alunos.
1. Exigências Técnicas
Um bom professor prepara suas aulas com responsabilidade, domina o conteúdo que ensina, corrige avaliações com justiça e evita improvisos constantes. Não transfere para os alunos a culpa por sua própria falta de preparo. Ele conhece métodos pedagógicos, respeita os tempos de aprendizagem e busca atualização constante. A negligência com esses deveres compromete não apenas o rendimento escolar, mas também a confiança dos alunos no saber e na autoridade legítima.
A imparcialidade na correção de provas e trabalhos é um dever técnico e moral. Um professor que favorece alunos por afinidade ou pune por antipatia semeia ressentimento, revolta e descrença na justiça. Não oferecer retorno formativo, demorar em devolver avaliações ou não registrar corretamente a frequência são atitudes que ferem a seriedade do trabalho educativo. Ele deve buscar formação contínua, aprendendo outros idiomas, participando de cursos, leituras, simpósios e eventos formativos que ampliem sua visão e enriqueçam sua prática docente.
2. Deveres Morais
O bom professor não humilha, não grita, não ironiza. Corrige com firmeza, mas com respeito. Sua autoridade pedagógica nasce do exemplo e da coerência de vida. Manipulações afetivas, favoritismos, chantagens emocionais ou punições injustas são falhas éticas que podem gerar traumas duradouros. Da mesma forma, usar sua posição para desabafar frustrações pessoais ou doutrinar ideologicamente os alunos constitui abuso de função.
Ele sabe manter o devido distanciamento profissional. Jamais deve estabelecer relações afetivas indevidas com os alunos, nem tratar confidências de forma leviana. A confiança que o aluno deposita precisa ser honrada com discrição, sobriedade e responsabilidade. A quebra dessa confiança pode constituir escândalo grave, sobretudo em ambientes escolares com crianças ou adolescentes.
É antiético ignorar dúvidas legítimas dos alunos ou omitir correções necessárias para evitar desconfortos. A honestidade intelectual exige disposição para reconhecer equívocos, revisar interpretações e tratar com seriedade temas complexos. Silenciar o problema compromete a credibilidade do ensino e desestimula a reflexão crítica.
3. Responsabilidade Pessoal e Social
O bom profissional da educação também se apresenta com dignidade. Sua vestimenta deve inspirar respeito, não provocação ou escândalo. Um professor ou professora não pode se vestir como se estivesse numa festa ou paquera, mas sim como alguém que representa autoridade, sabedoria e equilíbrio. Vestidos justos demais, roupas decotadas ou comportamentos sedutores dentro da escola são incompatíveis com a nobreza da profissão.
Além disso, deve cumprir com pontualidade seus deveres: respeitar prazos, devolver trabalhos corrigidos em tempo razoável, concluir projetos iniciados e não abandonar compromissos assumidos. A honradez também se manifesta no conteúdo: não se deve copiar e colar qualquer coisa da internet, chutar temas sem preparo, fingir que ensina ou incentivar que os alunos finjam que aprendem. Tudo isso destrói o valor da profissão e prejudica diretamente os estudantes que mais precisam de bons exemplos.
Exame de Consciência – Professores:
(Do mais leve ao mais grave)
Minha forma de vestir ou meu comportamento no ambiente escolar careceram de decoro, sobriedade e respeito à dignidade da minha função?
Faltei com o meu dever de estudar, me atualizar e preparar bem as aulas?
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Fechei-me a toda inovação ou tecnologia por orgulho, impedindo o crescimento da escola ou dos alunos?
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Fingi ensinar, mas passei a aula inteira em conversa fiada, enrolações ou distrações?
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Ignorei alunos que estavam com dificuldade, deixando-os sem ajuda?
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Fui negligente com as avaliações, notas ou correções, tratando de qualquer jeito?
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Desprezei perguntas simples por orgulho, como se ensinar fosse rebaixar meu saber?
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Fui grosso, irônico ou humilhei alunos diante da turma?
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Fui parcial ou injusto ao lidar com alunos de quem não gostava?
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Sabotei colegas por inveja ou vaidade, recusando ajuda ou tentando apagar o brilho deles?
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Usei meu cargo apenas como um meio de garantir salário e estabilidade, sem amor à missão de ensinar?
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Transformei a sala de aula em palanque político ou espaço de militância pessoal?
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Ensinei conteúdo contrário à moral usando irresponsavelmente da minha autoridade para confundir?
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Propaguei ideologias em vez de buscar a verdade, usando minha influência para manipular?
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Desrespeitei os valores das famílias ou incentivei revolta e desobediência à autoridade legítima?
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Fiquei em silêncio ao ver colegas e mesmo pais abusando ou prejudicando os alunos?
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Aproveitei-me da fragilidade emocional de algum aluno ou aluna para tirar alguma vantagem, debochar ou não cumprir com minhas obrigações de professor?
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Fiz comentários maliciosos, cantadas ou insinuações impróprias com meus alunos?
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Usei minha posição de professor para obter favores, atenção ou vantagens afetivas ou sexuais?
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Negligenciei o ensino de alunos pobres, achando que eles “não têm futuro mesmo”?
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Usei recursos públicos ou estruturas da escola/universidade para meus próprios interesses?
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