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A Mentalidade Distorcida: O Mal que Coisifica a Mulher e Diminui o Homem

O respeito à mulher transcende qualquer distinção: Seja uma senhora idosa, uma pessoa em situação de vulnerabilidade, uma profissional em seu ambiente de trabalho ou qualquer outra mulher, a dignidade humana exige que todas sejam tratadas com igual consideração e respeito.

Uma das formas mais graves de desrespeito à mulher é tratar todas as mulheres a partir do interesse sexual masculino. Quando o valor de uma mulher é medido apenas por sua aparência física ou potencial atrativo, abre-se caminho para uma série de descortesias e discriminações. 

Mulheres que não se encaixam em padrões estéticos idealizados, como mulheres mais velhas, com deficiência, em situação de vulnerabilidade social ou que simplesmente não despertam o interesse sexual de determinado indivíduo, são frequentemente ignoradas, desvalorizadas ou até mesmo tratadas com desprezo. 

Essa mentalidade utilitarista desumaniza quem faz isso, diminui a categoria da vida em sociedade e tenta desvalorizar a mulher que apesar desses maus tratos não perde o seu valor, mas sim acaba agredida. E toda agressão à mulher é um agressão a tudo o que ela representa, ou seja a vida, o amor, a maternidade e assim a descortesia contra a mulher atinge toda a humanidade. O que é um país que agride mulheres senão um país atrasado?No Brazil 12 mulheres são mortas por dia só por serem mulheres. Isso atinge você não atinge? É assim mesmo, o mal rebaixa a humanidade e o bem santifica toda a humanidade.

É crucial reconhecer que a violência contra a mulher é um problema estrutural, perpetrado por uma parcela da população masculina que reproduz padrões de dominação e misoginia. A maioria dos homens, no entanto, não compactua com essa violência e pode desempenhar um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Mas para isso é importante ele se avaliar quanto à sua possível cooperação com o abuso contra a mulher institucionalizado como o consumo de pornografia, naturalização da vulgaridade, apoio a outros homens que abusam de mulheres para não ficarem "mal" frente ao patrão, etc.

O Mal da Mentalidade Distorcida pelo Machismo que Coisifica a Mulher

Na vida em sociedade o desrespeito pela mulher passa pela incapacidade de enxergar a mulher como um ser humano completo, reduzindo-a a um conjunto de características físicas passíveis de julgamento e objetificação como se toda mulher só merecesse atenção e cortesia se servir aos seus interesses sexuais do homem. Isso é uma agressão à mulher e uma redução do homem à apenas seus hormônios.

Essa busca incessante por validação do próprio valor do homem através da objetificação da mulher revela uma compreensão distorcida da masculinidade, que a associa erroneamente ao domínio e à conquista sexual. A verdadeira masculinidade, no entanto, reside no respeito, na empatia e na capacidade de reconhecer a igualdade de direitos e dignidade entre todos os seres humanos, independentemente de gênero, idade ou aparência. 

Considerações adicionais: Mudar o nome de Violência contra as Mulheres para Violência dos Homens Pequenos

A expressão "violência dos homens" é eficaz para direcionar a responsabilidade aos perpetradores. No entanto, é importante ter cuidado para não generalizar e criar a impressão de que todos os homens são violentos. É crucial reconhecer que a violência contra a mulher é um problema estrutural, perpetrado por uma parcela da população masculina que reproduz padrões de dominação e misoginia. A maioria dos homens, no entanto, não compactua com essa violência e pode desempenhar um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O machismo, assim como o racismo, é um problema cultural profundamente enraizado, e que mesmo aqueles que se consideram isentos podem reproduzir, ainda que inconscientemente, atitudes e comportamentos machistas. A distinção entre "desinteressados/alienados" e "respeitadores" é crucial. Muitos homens podem não praticar a violência física ou verbal mais explícita, mas se mantêm passivos diante de situações de desrespeito às mulheres, o que também contribui para a perpetuação do problema.

Assim como no racismo, o machismo opera em diferentes níveis, desde o preconceito velado até a violência mais extrema. Pequenas atitudes, comentários aparentemente inofensivos e a própria forma como a sociedade está estruturada reforçam estereótipos e desigualdades de gênero.

A educação é fundamental para combater o machismo. É preciso investir em educação desde a infância, para que as novas gerações cresçam com valores de igualdade e respeito. Além disso, é importante promover o debate e a conscientização entre os adultos, para que todos possam refletir sobre seus próprios comportamentos e identificar possíveis atitudes machistas.

A passividade diante do machismo também é um problema. É importante que os homens que se consideram respeitosos se posicionem ativamente contra qualquer forma de desrespeito às mulheres, seja no ambiente familiar, no trabalho ou na sociedade em geral. O silêncio e a omissão também perpetuam a cultura machista.

Algumas reflexões adicionais:

  • Micromachismos: São atitudes, comentários ou comportamentos sutis que reforçam estereótipos de gênero e desvalorizam as mulheres. Identificar e combater os micromachismos é um passo importante para a construção de uma sociedade mais igualitária.
  • Responsabilidade coletiva: O combate ao machismo não é uma responsabilidade exclusiva das mulheres. Os homens também precisam se engajar nessa luta, reconhecendo seus privilégios e buscando desconstruir padrões machistas.
  • Masculinidades positivas: É importante promover a construção de masculinidades positivas, que valorizem o respeito, a empatia, a igualdade e a não violência.

Eu e o Mal do Machismo: Um Exame de Consciência Necessário

  1. Julguei o valor de uma mulher apenas pela sua aparência física ou potencial atrativo, ignorando suas qualidades e capacidades?
  2. Desvalorizei ou ignorei mulheres que não se encaixam em padrões estéticos idealizados, como mulheres mais velhas, com deficiência ou em situação de vulnerabilidade social?
  3. Coisifiquei mulheres, reduzindo-as a objetos de desejo ou meros instrumentos para satisfazer meus próprios interesses?
  4. Reproduzi ou compartilhei piadas, comentários ou conteúdos que objetificam, humilham ou desrespeitam as mulheres?
  5. Associei a masculinidade ao domínio e à conquista sexual, em vez de ao respeito, à empatia e à igualdade?
  6. Fui conivente com atitudes machistas de outros homens, seja por medo de retaliação ou por concordância implícita?
  7. Incentivei ou participei de práticas que exploram a sexualidade feminina, como o consumo de pornografia ou a prostituição?
  8. Desrespeitei os limites de uma mulher, seja invadindo sua privacidade, fazendo comentários ofensivos ou insistindo em investidas não desejadas?
  9. Deixei de me posicionar contra o machismo e a violência contra a mulher, seja por omissão, silêncio ou falta de coragem?
  10. Busquei me informar e me educar sobre questões de gênero, feminismo e igualdade, a fim de desconstruir meus próprios preconceitos e estereótipos?

Reflexão

  • As perguntas acima são um guia para refletir sobre suas atitudes e comportamentos em relação às mulheres.
  • Seja honesto consigo mesmo ao responder, reconhecendo seus erros e buscando formas de melhorar.
  • Lembre-se que o respeito à mulher é um valor fundamental e que todos têm o direito de serem tratados com dignidade, independentemente de sua aparência, idade ou condição social.
  • Ao combater o machismo e a violência contra a mulher, você contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

Recursos úteis

  • Central de Atendimento à Mulher: 180
  • Ligue 180: Informações e apoio para mulheres em situação de violência.

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