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Machismo é Masculinidade Tóxica ou seja, Machismo é uma Deformação do que é ser Homem

O óbvio ululante: tanto homens como mulheres são seres humanos com mesma dignidade e direitos e somos todos filhos de Deus e por isso todos, sem excessão, merecemos respeito. Portanto, é abuso e não existe justificativa para que os homens se acreditem superiores ou com direito de abusar ou servir-se daqueles que dependem deles. Isso faz mal a eles mesmos e a todos a sua volta.

Machismo é a hombridade deformada, é um entendimento tóxico do que quer dizer ser homem. O machismo inclue atitudes como a misoginia, homofobia e o uso de violência para impor poder e controle sobre os outros, especialmente sobre as mulheres. 

A imposição de certas normas culturais masculinas desde a infância muitas vezes estigmatiza a expressão de emoções entre meninos, limitando-as ao orgulho e à raiva, o que pode levar a comportamentos agressivos que uma vez associados à masculinidade tornam-se elementos do caráter daquela pessoa que vai lutar para mantê-los mesmo que transgrida o bom senso ou normas morais. O machismo limita o homem a ser grosso, rude como expressão de sua "masculinidade", o que é obviamente uma distorção do que é ser humano.

Ao mesmo tempo, características como dominância e competitividade são frequentemente exaltadas como qualidades de macho de modo distorcido na ideologia machista. Contudo, essa visão distorcida não é benéfica nem para os homens nem para as mulheres, uma vez que promove um ambiente de hostilidade, violência e opressão. pela qual o homem acredita que para ser homem preceisa ser insensível às necessidades dos outros e provar sua macheza por impor indiscriminadamente sua vontade.

Portanto, machismo é uma masculinidade tóxica que promove comportamentos e atitudes prejudiciais tanto para o machista como para as pessoas à sua volta. 

Masculinidade tóxica não é o mesmo que masculinidade em si. Machismo é o entendimento distorcido e maléfico do que quer dizer ser homem, masculinidade são as características do ser humano do sexo masculino e que incluem emoções, virtudes e talentos individuais normais a todos os seres humanos.

O machismo perpetua a ideia de que homens são superiores e têm o direito de controlar todos ao seu redor. Práticas machistas são prejudiciais tanto para as mulheres, que são vistas como inferiores e destinadas a tarefas domésticas e de cuidado, que tem a existência apenas para servi-los como suas empregadas ou sexualmente.

Os machistas na verdade querem o sexo apenas como uma forma de consolação de suas frustrações naturalizando o uso de mulheres como objetos. Desde jovens os estudantes aprendem a tratar bem apenas as meninas que aprovam a forma física, deixando de agir como pessoas que respeitam a todas as pessoas inclusive às meninas que não lhes são sexualmente atrativas, ou seja é a coisificação a mulher que passa a ser avaliada apenas como objeto de luxúria e isto rebaixa a mulher e o próprio machista que reduz-se a si mesmo a mero "fecundador" ao invés de ser pessoa com necessidades normais. 

O machismo ou masculinidade tóxica afeta a saúde mental e física dos homens. Estudos mostram que aderir ao machismo pode levar a problemas psicológicos como depressão, ansiedade, abuso de substâncias, transtornos de imagem corporal e até suicídio.

Além disso, a pressão para se conformar a essas normas machistas pode resultar em comportamentos de risco, incluindo violência, uso de álcool e drogas, infidelidade e procura por promiscuidade e pornografia entre outros comportamentos destrutivos. 

Para muitos homens machistas, a necessidade de manter uma imagem de força e autossuficiência pode se tornar uma barreira para procurar ajuda ou construir relacionamentos saudáveis. O preço dessa cultura tóxica não é pago apenas pelos homens, mas também por suas famílias e pela sociedade em geral.

Entendimentos Distorcidos que Levam ao Machismo


1. Misoginia: O preconceito profundamente arraigado contra as mulheres, muitas vezes se manifestando como uma crença na superioridade masculina, no direito de usar o corpo da mulher ao seu bel-prazer sem a considerar como uma pessoa, de ter o sexo como uma gratificação egoísta, uma consolação particular e portanto devida a qualquer preço, não podendo a mulher dizer não ao machista.
2. Homofobia: Medo ou ódio em relação a indivíduos que se identificam como LGBTQ+, decorrente de uma definição estreita do que constitui a masculinidade "real".
3. Violência como poder: O uso de força física ou emocional para afirmar domínio e controle sobre os outros é uma característica do machista.
4. Supressão emocional: A crença de que expressar emoções, além de raiva ou orgulho, é um sinal de fraqueza.
5. Achar-se no direito de mandar em tudo e em todos porque é machista desrespeitando os desejos, as emoções e as necessidades dos filhos, dos parentes e da esposa.
6. O machista acha que não precisa colaborar com a educação dos filhos, o cuidado do lar porque é o provedor e pela violência machista estabelece regras convenientes para si mesmo e à custa do bem estar dos outros.
7. Negligência na aparência, na higiene, no cumprimento das obrigações por que detalhes e cuidados não seriam coisas de “macho”, o que na verdade os leva a desconsiderar até necessidades básicas de todo ser humano em nome do machismo, como alimentação apropriada, bons relacionamentos, etc.
8. O machista se acha no direito de agir de modo violento quando contrariado ou não atendido.
9. Dar excessiva atenção e importância ao próprio desempenho sexual, levando-o a compactuar com situações de prostituição, pornografia, pedofilia e aproximá-lo de doenças sexualmente transmissíveis.
10.Nos papéis de protetores, provedores e líderes os machistas se transforma em tiranos, ou de ausentes, ou sem abertura para questionamentos e sentimentos dos filhos, da mulher e de quem mais depende dele.
11. O machista usa a violência como forma de impor seu grupo político, promover suas fake news para impor sua ideologia.
12. Por detrás de todo machista há alguém sempre muito inseguro e ignorante que se fia nas fórmulas obtusas da violência e da falsa superioridade sobre os outros para obter ou manter privilégios. 
13. O machista se acha no direito de cobrir o rosto, o cabelo, o corpo da mulher por conta da sua insegurança. Do mesmo modo o machista abusa da mulher vulnerável como o presidente de banco, ministro, juiz, comerciante  que se valendo do seu cargo, da necessidade ou da oportunidade se acho no direito de assediar mulheres que são suas subordinadas. Daí para caminhar para molestamento, abuso sexual é um pulo. É preciso lembrar que o mal não estaciona, sempre cresce e assim uma fraqueza facilmente pode virar um pecado. Veja aqui a diferença entre fraqueza, pecado e defeito.
14. Outras características ainda precisam ser mais estudadas no machismo, mas insegurança, complex trauma, narcissismo e outros problemas de distorção de personalidade e do próprio entendimento estão associados ao machismo e a toda forma de "entendimento" que nega o bom senso.
15. Há um certo obtusamento em todo machista já que está reduzindo a realidade à sua vontade a caber na sua vontade. Isto os predispõe para a violência porque toda contrariedade se torna uma agressão pessoal. Essa visão limitada se retro alimenta de ódios, preconceitos e é extremamente estressante sentir tudo como ataques à própria macheza. Essa limitação os inclina a ignorância porque se recusam sempre a aprender, à violência e ao desrespeito sistemático.

O machaismo é assim um sistema que não só prejudica mulheres e grupos marginalizados, mas também causa danos significativos aos próprios machistas.

Consequências de longo alcance da masculinidade tóxica


Impacto na saúde mental do Machista

O machismo cobra da saúde mental dos homens. Estudos têm mostrado consistentemente uma correlação entre a conformidade com as normas masculinas tradicionais e o aumento das taxas de:

- Depressão
- Ansiedade
- Abuso de álcool e outras substâncias
- Problemas de imagem corporal
- Ideação suicida
- Violência
- Limitação Humana de virtudes, entendimento, qualidades profissionais devido ao obtusamento do machismo.

A pressão para manter uma fachada de força e invulnerabilidade muitas vezes impede os homens de buscar ajuda quando mais precisam, criando um ciclo perigoso de isolamento e sofrimento.

Repercussões sociais


Os efeitos cascata da masculinidade tóxica permeiam toda a sociedade porque geram muitos problemas.

1. Violência doméstica: Uma parcela significativa dos casos de abuso doméstico decorre de comportamentos masculinos tóxicos.
2. Discriminação no local de trabalho: Mulheres e indivíduos não conformes frequentemente enfrentam barreiras em campos dominados por homens.
3. Polarização política: A masculinidade tóxica pode alimentar posturas agressivas e não comprometedoras no discurso político.

As implicações da masculinidade tóxica vão além do âmbito pessoal e relacional. Ela está diretamente relacionada a problemas de saúde pública, como a alta taxa de alcoolismo entre os homens, o aumento da transmissão de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de um impacto negativo nas taxas de câncer e outras doenças graves. Práticas como o uso desenfreado de álcool, o consumo de substâncias ilícitas e a promiscuidade sexual são reforçadas pelas normas tradicionais masculinas que exaltam o comportamento de "caça de troféus" e o desprezo por cuidados preventivos de saúde.

Reeducação e transformação das normas de gênero


A única maneira de superar os efeitos devastadores da masculinidade tóxica é através de um esforço coletivo para reeducar meninos e homens sobre o verdadeiro valor da masculinidade e da igualdade de gênero. Normas culturais que limitam as emoções e promovem a violência precisam ser substituídas por um novo paradigma que valorize o respeito, a empatia, a cooperação e o compartilhamento de responsabilidades, tanto no ambiente doméstico quanto no trabalho e na sociedade.

A transformação dessas normas requer uma abordagem multifacetada, envolvendo educação, políticas públicas e modelos positivos de masculinidade. Homens precisam ser incentivados a se libertarem dos papéis tradicionais de gênero que prejudicam sua saúde e seus relacionamentos. A promoção de relações saudáveis e o entendimento de que a dignidade humana não depende da capacidade de exercer poder ou controle sobre os outros são essenciais para um futuro mais justo e equilibrado.

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